O primeiro Dia de Campo registrado pelo jornal Folha Verde foi realizado na Fazenda Progresso, fruto de uma parceria da Cooperlucas com o então proprietário da Fazenda Progresso, Munefume Matsubara (falecido em setembro de 2019), o primeiro grande fomentador da pesquisa agropecuária na região.
Por sua valiosa contribuição ao desenvolvimento da agricultura regional, em 2008 Munefume Matsubara, conhecido como ‘seu Mune’, recebeu o mérito O Semeador, prêmio idealizado pela Fundação Rio Verde em parceria com Prefeitura de Lucas do Rio Verde, para reconhecer em vida o trabalho de pessoas que contribuíram de forma significativa para a transformação do município.
Quando chegou à região, por volta de 1972, Munefume começou a plantar capim para desenvolver a pecuária. “Na imaginação da gente, sem tecnologia nenhuma, e sem muita experiência agrícola, a gente pensou que devia funcionar o capim gordura, que dá em Minas, no Cerrado.
Nasceu, meio raquítico, mas foi. Aí quando levamos o gado, depois de uma semana ficou tudo vermelho. O gado arrancava com raiz e tudo a pastagem”, contou o produtor em entrevista concedida em 2015.
Em contato com pesquisadores da Emater, Munefume soube que a melhor opção para “corrigir” o solo em áreas recém-abertas era o plantio de arroz. Começou, então, a plantar arroz e a investir em pesquisa, buscando sempre o melhoramento da lavoura e a introdução de outras culturas, como a soja.
No final da década de 1980 e início da década de 1990, a Cooperlucas e a Fazenda Progresso iniciaram os primeiros experimentos em parceria, e os primeiros resultados foram apresentados em Dia de Campo em fevereiro de 1992.
Neste ano de 2024, em que o Show Safra reuniu cerca de 480 expositores que representam cerca de 1.000 marcas, e os organizadores do evento lançaram a nova marca e o novo nome – que passa a se chamar Show Safra Mato Grosso –, é importante trazer à memória estes fatos que marcaram o início da jornada de transformação de Lucas do Rio Verde.