“Nosso objetivo é unir forças com os empresários, com os órgãos de segurança e com toda a comunidade para que situações de assédio não sejam mais naturalizadas. Quando a sociedade se posiciona de forma clara, quem comete esse tipo de violência entende que não terá mais espaço. Queremos que Lucas do Rio Verde seja referência em proteção e acolhimento às mulheres”, declarou a secretária de Assistência Social e Habitação, Janice Ribeiro, primeira-dama de Lucas do Rio Verde.
A declaração foi dada na quinta-feira, 31 de julho, durante a cerimônia de apresentação oficial do Protocolo “Não é Não”, que será implantado em bares, restaurantes, casas noturnas e demais estabelecimentos do município. O encontro aconteceu na Prefeitura de Lucas do Rio Verde e reuniu autoridades, empresários e representantes das forças de segurança do município.
“A ação é um marco importante para o município”, destacou Janice ao explicar que a iniciativa segue as diretrizes da Lei Federal nº 14.786/2023 e da Lei Municipal nº 3.787/2025, que tem como objetivo garantir que mulheres se sintam seguras e respeitadas em qualquer ambiente que frequentem.
“Estamos de braços abertos para essa iniciativa”, afirmou a empresária Cheila Swarowsky, proprietária de uma choperia. “Acredito que essa iniciativa vai ser ótima, não só para a mulher, mas também para o estabelecimento, que vai fortalecer muito no intuito da gente poder ajudar melhor a mulher. Já passamos por situações em que, quando ajudamos uma mulher, tivemos um retorno do agressor nos ameaçando também. Então, é importante o agressor saber que não é uma questão de que a gente está querendo impor algo contra ele. ‘Não é Não’, e a mulher tem que se sentir à vontade onde ela quiser estar”.
Representando a equipe da Patrulha Maria da Penha, a GCM Nogueira ressaltou que o protocolo irá somar com o trabalho das forças de segurança. “Infelizmente, ainda há quem ache que bares e restaurantes não são espaços para elas, mas toda mulher merece respeito onde quer que esteja. Esse protocolo vai ajudar para que elas se sintam seguras e saibam que podem contar com o apoio”.
Para o delegado Breno Houly, a informação é uma das principais armas contra a violência. Segundo ele, o protocolo deve fortalecer o empoderamento feminino e a ação imediata dos estabelecimentos. “Esse protocolo ajuda a quebrar aquele antigo pensamento de ‘não se meter’. Agora, os estabelecimentos estarão mais conscientes e prontos para agir, oferecendo proteção imediata. A mulher precisa sentir que, se algo acontecer, ela não estará sozinha.”
Conforme explica Janice Ribeiro, a partir da implantação do protocolo, os estabelecimentos receberão orientações sobre como agir em situações de assédio ou violência, com apoio das forças de segurança e dos serviços de acolhimento do município.
(Com Assessoria)